quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Antônio Ferreira


Hoje falar-se-á de Antônio Ferreira Gomes. Antônio nascido em 24 de janeiro de 1911 passou a infância na localidade de Babosa onde nasceu e ficou até o dia de comparecer para o alistamento ao serviço militar lá pelos idos de 1919. Como já mencionado sua infância não foi fácil como não foi fácil a infância de nenhum dos filhos de João. Todos os filhos de João sem exceção foram bem cedo para a chamada "lida" e sejamos claro João Ferreira Gomes trabalhou muito, construiu, para suas origens, um império, mas sejamos justo ele foi administrador. Quem realmente pegou no pesado foram os filhos.

Antônio abraçou o comércio que se iniciou com a compra e venda de ovos na casa do pai, já também mencionada aqui quando relatei uma queda do cavalo ocorrida com o susto causado pelo apito de um trem. Tal fato, hoje, seria considerado como acidente de trabalho.

Antônio quando deu baixa no serviço militar continuou no Rio na casa de Dona Amélia. Amélia chamada por todos carinhosamente de Amelinha era natural de Campo de Areia e fora quem tomará conta dos filhos de Ana, primeira esposa de João, para que esta fizesse suas costuras. Com a morte de Ana Amelinha deixou de trabalhar na casa dos Ferreira e fora trabalhar na capital, Rio de Janeiro e lá se casou.

Amélia era quem recebia os da localidade quando estes iam para o Rio. Ela sempre dizia: "Na minha casa não tem luxo, mas comida eu garanto." Foi quem recebeu os filhos de João quando estes foram para o serviço militar e por lá permaneceram, o compreensível. Foi ela quem encaminhou Antônio para as "Casas Gaio Marte" na qual conseguiu cargo de chefia. Antônio por sua vez abriu as portas para outros irmãos a exemplo: Manoel, Amaro, Sérgio... Quase todos os Ferreiras passaram por lá.

Antônio passou a ser conhecido como Ferreira e mesmo fazendo um tempo considerável longe da residência do pai este exercia influência e domínio sobre ele. Certa vez visitando o pai em sua casa este lhe perguntou por Amelinha. Antônio responde que fazia tempo que não tinha notícias. João Ferreira ficou bravo e num tom mais elevado que o normal lhe interrogou. “__ É assim que você trata o prato que come?” Fez Ferreira procurá-la, tratá-la com consideração e ainda trazer notícias.

Ferreira se casou com Valdimira e deste matrimônio nasceram dois filhos O menino que levou seu nome Antonio Ferreira Gomes Filho e a menina que recebeu o nome da avó, Ana. Ferreira embora casado, com família constituída, manteve diante do pai um grande respeito, respeito este que é guardado até hoje na lembrança, na memória dos filhos.

É isto que me encanta nesta família. Pessoas sem exceção repletas, desde João, de defeitos, atravessam gerações quer seja em presença quer seja na lembrança, unidas no respeito, no carinho e embora geograficamente falando, separados, mas unidos no amor e na admiração.

Muitas histórias há a serem contadas. A vida não se passou no resumo de uma página e é neste baile, nesta dança neste vai e vem que pretendo mostrar a admiração que tenho desta gente embora mista de nomes diferentes, tão iguais na essência.

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