quinta-feira, 28 de julho de 2011

Da Personalidade

João Ferreira possuidor de uma personalidade marcante, apesar de levar somente o sobrenome de sua mãe e de alguns de seus filhos terem nos seus registros como nome principal o nome da mãe, era totalmente patriarcal.

Por ocasião da morte da sogra, pessoa com quem ele não tinha simpatia , numa época em que o preto, luto, era praticamente obrigatório, comprou uma peça de tecido na cor vermelha (chita) tecido geralmente floral com cores exuberantes. Fez roupa para todos os filhos e mandou que esses fossem passear num local cujo acesso só se dava passando na porta da falecida.

Dom Pedro Bandeira de Melo
Só uma pessoa com forte personalidade enfrentaria os comentários, sem receio, que tal ato fatalmente gerou. Não posso deixar de tecer o comentário. Deve ter sido muito engraçado todos os filhos com mesmo tecido, mesma cor e quem sabe mesmo modelo.

 Possuía uma psicologia educativa notável. Conta-se que num certo dia Dom Pedro Bandeira de Melo, Pe. Beneditino, frequentador de sua casa, o chamou para uma conversa e nesta conversa pediu para que convencesse Nicodemos, seu filho, a se casar, no religioso, com Maria Matilde Machado, com quem era casado somente no civil. Falou que já tinha conversado com ele, mas este se recusará. João respondeu que não poderia falar com o filho sobre casamento no religioso porque também não era casado. Exemplos têm que serem dados, disse. Combinou com o padre que voltasse daí a um tempo, cerca de um mês, para realizar a cerimônia de boda dele com Antônia. Don Pedro Bandeira voltou no dia combinado e neste dia na residência do casal João Ferreira e Antônia Rosa, celebrou, não só o casamento destes, mas também de Nicodemos com Maria Matilde e do amigo Sr. Faustino com dona Paulina.
Nicodemos - Filho

Os casos acima apresentam traços típicos do João Ferreira. Ele não camuflava opinião, não cobrava sem dar exemplo, sabia como alcançar objetivos. Sábio e corajoso assim foi João Ferreira.

Apresentarei outros pontos de sua personalidade, no decorrer do registro das histórias coletadas, que aqui pretendo deixar.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Do Cotidiano

Estação de Mussurepe
                   
João Ferreira Gomes foi homem de pouco recurso, comercializava ovos. Mas possuidor de um QI elevado, se comparado com os demais moradores da pequena localidade de Babosa. Não era analfabeto, coisa rara na região. Dono de uma caligrafia perfeita João Ferreira fazia seus apontamentos em livros que terei a oportunidade de posteriormente apresentar fotografias. Foi assinante e leitor do jornal “A Cidade”. O trajeto para a leitura não era simples, João saia a cavalo para buscar o jornal que chegava de trem na estação de Mussurepe por volta das 17h30min, contudo, até que se chegasse a casa, atrelasse o cavalo, a noite caia e como a luz não era elétrica a leitura, regular, ficava para o dia seguinte.

Antônia Rosa e João Ferreira
Conversador, contador de casos, personalidade e tipo físico marcante, não exagerarei nada ao dizer que mais parecia um nobre, era assim que era visto e conhecido.

Como bom comerciante, tinha muitos amigos. Poucos são dos que o conheceram que ainda vivem ou moram na localidade, só para ilustrar seu filho mais novo fará daqui a alguns dias, exatamente 3 dias, 77 anos, contudo até hoje 37 anos depois de sua morte, ainda é referência na localidade.

Seus filhos cada um com um sobrenome diferente, Gomes, Silva, Jesus, Ferreira, Rosa, coisas da época que contarei depois, são conhecidos como Ferreira e não há esse na localidade que não saiba onde é a casa de um dos, Ferreira.

domingo, 24 de julho de 2011

Em busca das raízes

João Ferreira Gomes, nascido em 15 de agosto de 1877 em Campos dos Goytacazes/RJ., falecido em 19/11/1974  aos 97 anos, apesar de ter quem afirme que tinha 104, em  Babosa 5º Distrito, local que viveu a maior parte de sua vida.

João Ferreira Gomes, conhecido como João Ferreira, segundo contam, não falava de seu pai seus causos foram marcados por história da sua mãe Ana Ferreira Gomes e de seus irmãos: Manoel, Antônio, Maria, Josefa, Luisa e Amália todos Ferreira Gomes. Desses só se tem parcas notícias de Antônio que morou no bairro de Guarus e Manoel, sobrinho, que morou na Rua dos Goytacazes, onde mora até hoje sua filha Amália.

João casou com Ana Silva Pacheco e teve sete filhos Manoel Gomes da Silvas, Maria Gomes da Silva, Antônio Ferreira Gomes, Nicodemos Ferreira Gomes, Júlio Ferreira Gomes, Alzira Gomes da Silva, e Ana Gomes Silva. Ana faleceu no parto da menina que levou seu nome, para mim, tia Ana.

João, viúvo, casou-se novamente, agora com Antônia Rosa de Jesus com quem teve oito filhos: Amaro Ferreira Gomes, Júlia Ferreira Gomes, Tomé Ferreira Gomes, Sérgio Ferreira Gomes, Alice Ferreira Gomes, Appolonia Ferreira Jesus, Eliza Rosa de Jesus e Olavo Ferreira.

Se estão acreditando que o total de filhos foram quinze, erraram. João criou também o Hermes Ferreira Gomes filho de Antônia a quem deu seu nome e Celso Germano Pessanha.

Da primeira esposa não tenho muita coisa, se alguém aí tiver, use o espaço, relate, terei o maior prazer em divulgar.

A história não acaba aqui, das minhas descobertas há ainda muito para ser contado, mas fica para depois.