terça-feira, 17 de abril de 2012

Thomé Ferreira Gomes

A família Ferreira Gomes não parava de crescer, crescia economicamente e em número de membros. Próximo do natal de 1924, no dia 22 de dezembro, Antônia Rosa de Jesus dá à luz ao menino que recebe o nome de Thomé.

Thomé quando criança foi vitima de uma brincadeira pouco comum. Um amigo de seu pai tinha por hábito esporar o cavalo jogando-o para cima do pequeno e chamando-o de carrapato estrela. A brincadeira provocava em alguns dos seus irmãos, medo e em alguns adultos, entre ele seu pai, risos. Este fato talvez tenha sido o causador de um comportamento em Thomé, como pai, estranho, pouco comum. Quando um de seus filhos fazia algo que ele julgava ser necessário aplicar corretivo, ele aplicava em todos e se justificava dizendo que era para que uns não caçoassem dos outros, o que significa dizer: Por causa de um, todos apanhavam. A exceção deste fato a vida do pequeno foi igual de qualquer criança, igual a dos irmãos.

Cresceu, serviu o exercito, depois voltou para casa dos pais onde trabalhou, casou e teve a maior parte dos filhos.

Dos filhos de João Ferreira Thomé parece ter sido o mais mulherengo, o jovem cumulava namoradas, até que um certo dia, num certo baile na localidade de Corgo Fundo conhece Maria Anita filha do casal Crisanto Inácio de Oliveira e Maria Ana da Conceição. Thomé neste período fazia malabarismo para ver Anita como já foi dito ele colecionava namoradas e pelo que se sabe não era só da localidade. Houve um dia que ao chegar a casa encontrou debruçada a janela uma das candidatas, essa residente no Rio esperando por ele. E por discrição não citarei o nome, Thomé que ia ver Anita sem saber o que fazer apelou dizendo estar sentindo muita dor, a moça se desdobrou em cuidados. Eliza, irmã mais nova, prepara para ele um chá de uma erva conhecida por lavandeira que ao que tudo indica amarga como fel. Segundo contam o chá ficou verde de tão forte e Thomé tomou tudo. A moça vendo que ele não melhorava foi para casa e só. Neste dia teatral, não teve a companhia Thomé. Assim que ela saiu, ele montou seu cavalo e foi ao encontro da namorada oficial.

O cavalo marcou história, quando chegava à frente da casa de Anita ele empinava o cavalo de forma que parecesse um puro sangue e parecia mesmo. Thomé servira o exercito na cavalaria onde aprendeu várias manobras. João Ferreira tinha orgulho e costumava convidar, muitos, para ver o filho.

Casar Thomé era uma coisa tão difícil que até os céus responderam com uma semana inteira de chuva, era tanta água que mais parecia um dilúvio, contudo no dia 9 de dezembro de 1950 Anita se casa com o seu príncipe encantado do cavalo branco de cor castanho. O casal teve nove filhos: Salete; João Carlos; Luiz Roberto; AlfeuMaria Angélica que foi criado pelo irmão Amaro e cunhada Maria José; as gêmeas Maria Lídia e Maria Regina que foi criada pelos seus pais João Ferreira e Antônia; Isabel Cristina e Talvane. Thomé também foi pai de um filho fora do casamento, Nilson conhecido por Nilsinho, este só firmou laços com a família paterna depois da morte da mãe.

O casal Thomé e Anita hoje com mais de 61 anos de casados vivem sós, casaram todos os filhos, mas em datas especiais a casa é uma festa filhos e filhas, genros e noras netos e netas, agregados, bisnetos e bisnetas se juntam numa verdadeira festa.

A história de Thomé não acaba aqui depois, mas por enquanto fiquem com algumas imagens desta numerosa família.