quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O Pé de Cajá


Pé de cajá mirim - 2009
A árvore postada ao lado foi colocada aleatoriamente na página de imagem desde início das narrativas. Vejamos então qual a história que a cerca. 

Na casa do Sr “Dudu” assim era tratado o esposo da filha de João Ferreira Gomes de nome Alzira havia, no quintal, um pé de cajá mirim. Na redondeza a única casa onde havia  desta fruta, pelo menos que se tenha  conhecimento, era a do casal. O pé de cajá embora fosse frequentado por inúmeros animais da classe dos anfíbios, quer saber? sapos mesmo, pequenos, mas sapos, os cajás eram a adoração das crianças principalmente dos netos de João Ferreira, e, eu era um deles. Visitar Alzira e/ou Dudu nas cabeças infantis ficava em último plano o que se queria era chupar os deliciosos e suculentos cajás.

Como o gostar desta fruta não era apenas privilégio dos pequenos, adultos também gostavam de saborear a exótica fruta, João Ferreira, como era tratado, plantou ao lado de sua residência a fruteira. Já chegado em anos, João Ferreira ao plantar com suas próprias mãos a árvore frutífera mencionou não viver o suficiente para experimentar dos frutos, estes seriam para os netos. Frisar plantada por suas próprias mãos significa dizer que João Ferreira Gomes estava numa fase da vida em que só mandava e não era pelo número de anos vivido e sim por se encontrar na fase de ser o “Senhor João", porém, neste caso se deu ao trabalho, e plantou.

Bisnetos de João  Ferreira - 1999
A árvore nasceu, cresceu e está lá, linda, seus galhos  emaranhados se espalham como numa rebelião, mas feito abraço em união voltam curvando-se sobre si mesma, entrelaçando-se, afagando-se como coisa só. Assim é a FAMÍLIA FERREIRA GOMES, devido as circunstâncias, diretrizes da própria vida, irmãos se perdem e se distanciam, no entanto existe um eixo central invisível unindo-nos como os galhos que num único abraço, se entrelaçam.

Deixemos de digressões. Hoje a fruteira não serve só de abrigo para pássaros, além das aves, dos frutos, serve também de abrigo, de sombra. É sob, e nela que muitas vezes membros da família se reúnem em pequenas reuniões, datas especificas ou ao mero acaso para pequenos e longos bate papo, ou simplesmente jogarem conversa fora ou ainda relembrarem momentos de outrora. 

O pé de cajá plantado ao lado da casa ultrapassou o desejo, o sonho de João Ferreira Gomes, hoje ela é testemunha viva da presença de gerações que se buscam e se encontram num único eixo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário