quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Consequência da Confiança



Origem do Nome:
Num tempo atrás antes da década de 30 os registros, principalmente no interior, não eram tirados na infância, levava-se um bom tempo para a ida ao cartório, até porque não era solicitados. O registro só era tirado quando cobrado, o que para os homens, só acontecia por ocasião do alistamento e para as mulheres, na maioria das vezes, por ocasião do matrimônio.

No início da década de 30, esse quadro foi mudado, o documento passou a ser tirado logo após o nascimento, nos primeiros anos ou primeira infância.

O que mudou foi a exigência do registro, da certidão de nascimento. No que se refere cobrança do documento, não houve alteração. Os pais iam a escola, deixava o nome do filho, e como na época, no interior, o que ainda hoje, não mudou muito, todos se conheciam, com isso o documento era dispensado. Apenas o nome pronunciado era suficiente para que o candidato tivesse a matrícula escolar garantida.

Dentre as muitas coisas ensinadas, o nome era uma delas. Os alunos diziam o nome e quanto ao sobrenome, repetiam o que os irmãos mais velhos costumavam pronunciar ou o nome que algum adulto pronunciava, muitas vezes aquele dito na pia batismal.

Hora do registro:
Ao chegar ao cartório falava-se o nome do registrando, nome dos pais, data de nascimento. Em muitos casos, a data de nascimento, o que não aconteceu com os filhos de João, não era a correta. Havia casos que a data apresentada era por conveniência, outras por esquecimento... Por muitas vezes os registros ficavam por conta dos padrinhos que davam ênfase ao sobrenome daquele que lhe era mais próximo. Neste emaranhado de situações encontramos pessoas cujo sobre nome ora são só do pai, ora só da mãe, ora primeiro do pai e segundo da mãe quando o correto é:

nome + sobrenome da mãe + sobrenome do pai = nome completo



Isso acarretou em muitas famílias sobrenomes errados. Na família de João Ferreira Gomes não foi diferentes, nela encontramos diversos sobrenomes tais como: Gomes da Silva, Ferreira de Jesus - (pai e mãe); Ferreira – (apenas parte paterna); Rosa de Jesus – (só parte materna); Ferreira Gomes – (só paterno). O próprio João só tinha o sobrenome da mãe: Ferreira Gomes de Ana Ferreira Gomes.

Nesta história maluca, o que se sabe é que todos os filhos sem exceção foram para a escola como Ferreira Gomes e os que não eram Ferreira Gomes só descobriram por ocasião do alistamento, casamento e outras com o título de eleitor.

Com referência "Consequência da Confiança" título dado: João Ferreira Gomes contava que o erro aqui mencionado se dava por conta do Cartório. Dizia ele que deixava o nome no cartório e o tabelião colocava o que queria. Será!!!  Será que João inteligente como só ele, deixaria passar esse erro sem que exigisse uma retificação?  

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