quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Eliza Rosa de Jesus - Eliza Ferreira


Eliza Rosa de Jesus, na localidade de Babosa conhecida por Eliza Ferreira caçula das mulheres de João Ferreira Gomes e Antônia Rosa de Jesus. Nasceu em 1932 no dia 18 de maio.

Eliza fora uma criança esperta e cheia de vida. Na escola de Dona Janoca teve por companhia os irmãos de brincadeira Sérgio, Appolônia e Olavo que no estudo sempre ficava para traz devido a problema de saúde. Foi afastada pela mãe do tio Manoel irmão do pai conhecido por tio Neco. Esse adorava gatos e vivia em contato com eles, ela por sua vez não podia ter contato com o pelo dos felinos o quê lhe levou a sentir, até os dias de hoje, aversão pelos bichanos. No entanto tal enfermidade  não tirou da menina o instinto peralta. Brincava de virar bosta, brincadeira que consistia em achar cobras ou filhotes dessas debaixo das fezes de animais. Catava ovos de pássaros para fazer “comidinha”. Certa vez Eliza apareceu com uma espécie de furúnculo no joelho e lhe dizeram que iriam levá-la para o Sr. Antônio Coelho, farmacêutico conceituado na localidade. Ela não teve duvidas, tomou a iniciativa, pegou um ganivete e rascou o local tirando todas as impurezas e se apresentou aos pais dizendo não precisa mais, já tratei o joelho.

Enumerar as peraltices de Eliza é coisa que me parece impossível já que são infindáveis. Eliza com Appolônia acompanhavam o pai nos fins de tarde na tarefa de plantar feijão ou milho. A tarefa consistia em colocar em covas abertas pelo pai de 4 a 5 sementes de acordo com a plantação e até que as sementes recebidas acabassem definição do fim da tarefa. Eliza dotada de astúcia ia colocando as sementes e quando dava a hora da brincadeira jogava em uma cova toda as sementes restantes fato notado com a germinação e a desculpa era não saber, caíra ou coisas assim.

Eliza crescia em beleza e graça. Alta, pescoço esquio, cabelos bem claros e lisos.

Em sua juventude intercalava com Appolônia, 15 dias passava em Campos ajudando a mãe e os outros 15 dias do mês ficava na Babosa tomando conta dos afazeres domésticos e das criações de Antônia. As galinhas pareciam saber o período de Eliza e começava a colocar ovos de modo a proporcionar a ela uma bela colheita. Eliza vendia os ovos ao próprio pai ou os trazia para a cidade e os vendia para clientes da vizinhança. Havia até clientes certos como exemplo uma senhora que atendia por Josefa.

Quando ia para o Rio, nos passeios, desfrutava da companhia da sobrinha de nome Suely.

Eliza conheceu Adalberto com quem se casou em um ponto de ônibus. Estava ela acompanhada de amigas quando o diálogo começou. Adalberto perguntará onde morava e ela prontamente respondeu. Rua sete. Não se sabe se ela não queria que ele soubesse onde morava ou se por exibicionismo próprio da juventude por ser a Rua Sete uma rua central e conhecida. O fato é que mentiu e de uma forma muito infantil. Ela não conhecia a tal rua e se perdeu quando ele pergunta: __ Antes ou depois da linha. Não se sabe qual foi a resposta, só se sabe do desconcerto por não saber da existência da linha. Linha que até hoje se encontra no mesmo lugar mesmo há décadas não passando trem.


O casamento aconteceu no dia 09 de maio de 1959. A sorte de Eliza mudou. Adalberto, pobre e de família com poucos membros, mãe, duas irmãs e um irmão, mas apesar da família ter poucos membros esses eram suficientes para ser montanha. A sogra foi “SOGRA” até a hora da morte. Com ajuda do pai, João Ferreira Gomes, o casal teve onde morar. A quinta filha do casal nasce com problema cardíaco e vive por apenas dois anos. Dois anos muito difíceis. O tratamento da pequena, depois do diagnóstico, foi na cidade do Rio. Lá Eliza contou com ajuda da irmã Alice, do cunhado Silvio, do irmão Antônio e indiretamente do casal Ana (irmã) e Arlindo, Júlio e Sérgio também irmãos e de alguns sobrinhos. Quando a menina faleceu Eliza se encontrava grávida do sexto filho.

Na década de 70 o esposo de Eliza faz sociedade com Amaro Lobo representado pelo filho Wandique Lobo na aquisição de uma padaria. Adalberto entrou com o trabalho e Amaro com o capital deixando assim de ser funcionário. Pouco tempo depois com a Judá mais uma vez do pai, Adalberto, esposo de Eliza compra a parte de Amaro na sociedade e com Ela e as filhas iniciam uma nova história.

Todas as filhas cursaram o técnico sendo que duas cursam o terceiro grau. A caçula se forma em geografia realizando o sonho e a promessa de infância ser professora e levar a mãe para passear na Babosa. Com exceção da primeira filha todas casaram e cresceram a família lhe dando netos. Eliza ficou viúva e hoje aos 80 anos frequenta a UNIT I– Universidade da Terceira Idade que lhe proporciona novas amizades e novo convívio social


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