terça-feira, 26 de julho de 2011

Do Cotidiano

Estação de Mussurepe
                   
João Ferreira Gomes foi homem de pouco recurso, comercializava ovos. Mas possuidor de um QI elevado, se comparado com os demais moradores da pequena localidade de Babosa. Não era analfabeto, coisa rara na região. Dono de uma caligrafia perfeita João Ferreira fazia seus apontamentos em livros que terei a oportunidade de posteriormente apresentar fotografias. Foi assinante e leitor do jornal “A Cidade”. O trajeto para a leitura não era simples, João saia a cavalo para buscar o jornal que chegava de trem na estação de Mussurepe por volta das 17h30min, contudo, até que se chegasse a casa, atrelasse o cavalo, a noite caia e como a luz não era elétrica a leitura, regular, ficava para o dia seguinte.

Antônia Rosa e João Ferreira
Conversador, contador de casos, personalidade e tipo físico marcante, não exagerarei nada ao dizer que mais parecia um nobre, era assim que era visto e conhecido.

Como bom comerciante, tinha muitos amigos. Poucos são dos que o conheceram que ainda vivem ou moram na localidade, só para ilustrar seu filho mais novo fará daqui a alguns dias, exatamente 3 dias, 77 anos, contudo até hoje 37 anos depois de sua morte, ainda é referência na localidade.

Seus filhos cada um com um sobrenome diferente, Gomes, Silva, Jesus, Ferreira, Rosa, coisas da época que contarei depois, são conhecidos como Ferreira e não há esse na localidade que não saiba onde é a casa de um dos, Ferreira.

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