Aconteceu! Era 15 de janeiro de
1972, dia em que se comemora o dia de Santo Amaro padroeiro local. Thomé, irmão
de Appolônia estava na praia com esposa e filhos menores, Talvane, Isabel e Maria
Lídia. Na Babosa havia ficado Salete para tomar conta da casa e das criações. Na
época, na praia, não havia geladeira por isso a família deixou parte da carne
de um porco que haviam matado para levar, no sol. Na proporção que a carne ia
acabando vinham buscar mais. Júlia, o pai João Ferreira e a mãe Antônia foram
para a casa de Amaro em Farol de São Tomé. Appolônia ficou com a sobrinha Maria
Regina para tomar conta das coisas, a noite tinha a companhia da sobrinha
Salete que não dormia em casa sozinha. Como era dia de Santo Amaro e a
localidade fica em festa, lá foram elas comemorar o dia do padroeiro. Lá
chegando encontraram com os familiares que estavam em estação de veraneio. Durante
o dia, de quando em vez, chovia e assim sendo, ao cair da noite, Amaro levou-as
de jeep para a Babosa. Appolônia havia recebido um bilhete da cunhada Anita
pedindo que colocasse a carne para dentro por causa da chuva. Ao chegar Appollônia
se dirigiu para os fundos da casa para ver uns pintinhos e as duas irmãs,
Salete e Regina, foram para a casa de Thomé e Anita guardarem as carnes.
Como disse: Aconteceuuuuuuuu!!! Appolônia não se sabe o porquê não viu as criações e
as duas irmãs tomadas por um súbito medo voltaram do caminho relatando: uma voz
em nossas cabeças dizia, não vá. A Chuva cessará, a noite era de Lua Cheia.
Entraram para dentro de casa e foram até a cozinha, fizeram um lanche, tomaram
café e comeram bolo Amélia. Derrepente, um bicho corria e pulava em volta da
casa, furioso. As três foram para os cômodos da frente cerrando a porta que dava
para cozinha. Tomadas de medo ficaram as três juntas por um bom tempo foi
quando cachorros começaram a latir como se tivesse encurralando alguma coisa e
os latidos seguiram em direção a uma estradinha que fica entre a casa de Appolônia
e a de Thomé. Em fim pegaram no sono, dormiram. Durante a noite mais chuva. Ao
amanhecer o dia perceberam que a volta da casa havia pegadas diferente uma espécie
de pata de porco só que com unhas e pela profundidade o animal era pesado.
As lembranças são bastante confusas,
mas Salete conta que ao descer do jeep viu um vulto de animal ao lado da casa. Este
era maior que um porco do tamanho aproximado de um bezerro de cor marrom
escuro meio queimado, quanto à cabeça a lembrança é ainda mais ambíguo parecia
não ter cabeça ou essa estava enterrada entre as patas dianteira.
Fruto do medo? Pode ser. No
entanto todas as três acreditam que o animal era um Lobisomem. Appolônia dizendo
que a pata marcada no quintal não era de animal conhecido. Salete dizendo ter
visto o bicho descrito acima e Regina pelo barulho, fúria e pegadas deixada em
volta da casa ratifica. Coincidência ou não, segundo Salete, havia do lado da
casa em frente a porta da cozinha, próximo onde hoje se encontra um pé de manga
e um pé de jenipapo escamas e fatos de peixes, alimento que segundo tradição
atraem lobisomem e mais acreditava-se na época que dois moradores hoje
falecidos Senhor Epifânio conhecido por Santo seleiro (fabricava e consertava sela) e seu
irmão que atendia por nome Linco, em noites de Lua Cheia viravam lobisomem e
quem na localidade lembra do Senhor Linco, jura que ele era muito estranho, não
dava uma risada lembram também que os irmãos eram de uma cor branca meio amarelada, sem sangue e as imagens encontradas na internet lembra descrição feita.
Acreditem pois aconteceu!!!!
Imagens: Google Imagem
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