Alice Ferreira Gomes ou simplesmente Alice
Mambreu. Quem dentre os membros desta família, automaticamente, não associa o
nome a pessoa. Alice Ferreira Gomes nasceu em meado da década de 20, exatamente
no dia 14 de abril de 1926. Como os demais membros deste clã não fugiu a regra,
gravado no DNA trás beleza, garra, coragem e teimosia. Há os que provavelmente
se espantarão com a expressão “teimosia” por só conseguir ver Alice como pessoa
dedicada, amorosa e meiga. Deixo claro que dizer que Alice herdou da "Família Ferreira Gomes" o gênio forte não a desmerece e nem anula as inumeráveis
qualidades desta mulher guerreira.
Alice sempre soube o que queria e como
fazer para obter o desejado. Sabedora de sua beleza e ousada para seu tempo, principalmente por ser mulher e do interior, gostava de arrancar o suspiro, dos, do sexo
oposto. Conta-se que ela costumava enrolar o cós das saias que usava fazendo
com que suas pernas torneadas ficassem a mostra e era assim que Alice ia para a
escola com as saias mais curtas do que as permitidas pela família atraindo para
si os olhares.
Bem
jovem já ganhava seu próprio dinheiro, a princípio ajudando a irmã Júlia que era
calceira nos acabamentos, depois como costureira ajudando no sustento da casa.
Quanto a personalidade, são vários os fato
que levam a taxa-la de teimosa, por que não, pirracenta. Por hora, relatarei um fato que comprometeu sua saúde. Havia na localidade um homem cujo nome era
Vicente Soares com quem o pai de Alice estudara e por um desentendido no
período de escola, os dois deixaram de se falar. Alice sempre desafiadora
iniciou namoro com um jovem que atendia
pela alcunha "Naneco Soares" esse vinha ser filho do tal Vicente Soares, fato
que fez com que o namoro não fosse do agrado de João Ferreira. Haveria na
localidade um baile e Alice querendo ver o tal Maneco fez de tudo para convencer o pai a deixa-la ir, contudo, seu
pai, João Ferreira Gomes não permitiu e nem se rendeu aos apelos feitos pelos irmãos mais novos os quais ela havia pedido para intercederem. Numa
birra, Alice se trancou no quarto e lá permaneceu sem comer e sem beber.
Resultado: adoeceu. Fraca adquiriu uma pneumonia. João Ferreira, recorreu
a um dos filhos o que se encontrava na época numa posição econômica confortável, Antônio. Este casado com Valdimira morando no Rio, assumiu o tratamento da irmã. Providenciou um local para instala-la junto a mãe Antônia que acompanhou a
filha durante aproximadamente um ano, tempo que durou o tratamento.
Tratamento terminado hora de voltar para
casa, mas Alice depois de ter vivido por um ano na cidade "grande", voltar para o
interior era algo que ela não queria sob hipótese alguma admitir. Mais uma vez Antônio entra em. Desta vez coube a tarefa de convencer o pai senhor João Ferreira a
adquirir um imóvel na cidade. Antônio foi feliz em sua incumbência e com a
ajuda do compadre Manoel Pedra a família compra a casa de Campos. A casa é toda
reformada e mobilhada com móveis adquiridos na extinta Casa Terra.
Já morando na nova casa, situada na Rua Álvaro de Barros 76
conheceu um jovem rapaz e iniciou namoro, Sr. João Ferreira, gostava muito do
rapaz e fazia gosto no namoro fato que fez com que ele a princípio não gostasse
de Silvio, desfazendo deste e de sua profissão, usando toda vez que a oportunidade surgia a frase “Todo sapateiro é
enrolado!”, mas contrariando a tudo, desafiando o mau gênio e as birras de Alice, Silvio
Mambreu no dia 20 de julho do ano de
1957 dá a Alice, seu nome, Mambreu. No ano seguinte esse laço é solidificado com o
nascimento da única filha, Sandra.
No princípio da vida conjugal Silvio e
Alice foram morar numa meia água nos fundos da casa da família Ferreira no bairro do Turf
Club, local onde nasceu a filha e lá ficou até irem morar no Rio. Esta
história conto depois. Mas confiram as imagens.
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